Vlad, o empalador

Quem conhece e realmente se interessa por vampiros, certamente conhece o livro escrito por Bram Stoker, renomado Drácula. 
É claro que todo o romance foi baseado em lendas e todo o mistério que os vampiros envolvem, entretanto, é muito raso afirmar que todo o drama foi devido apenas a essas criaturas semi-mortas.
O que pouca gente sabe é que Bram teve duas pessoas reais que o inspiraram a criar o personagem Conde Drácula, uma delas foi Elizabeth, a condessa, e a segunda foi Vlad, príncipe de Valáquia e também chamado de Vlad, o empalador. Seu nome, entretanto, era Vlad Draculea. Antigamente, adquiria-se um sobrenome segundo seus feitos, lugar de origem e outros mil fatores. Draculea, vem de Dracul (dragão), sobrenome que seu pai havia adquirido após se juntar à Ordem do Dragão, que apesar de ser chamada religiosa, tinha também outros propósitos. Logo, Draculea vem a significar "do dragão", simplificando, Vlad III gostava de mostrar honra ao título de seu pai e deixava isso claro.
O príncipe nasceu em 1.434 na Transilvânia, mas pouco se sabe de fato sobre a sua infância, com exceção que sua mãe era uma nobre de sua terra natal, a quem foi atribuída a responsabilidade da educação e aprendizagem, até que seu pai, Vlad II em 1436 conseguiu tomar para o si o trono de Valáquia, matando o príncipe rival do Clã Danesti, o então Alexandru I. 
Após este fato, Draculea passou a ter ensinamentos típicos dados a filhos da Nobreza, e o primeiro tutor de Cavalaria era um guerreiro que lutou contra Turcos. Vlad foi então criado e ensinado sobre o cristianismo e guerras, assim como a maneira de se alcançar a paz.
Mesmo após o pai de Vlad ficar com o trono, o poder dos Turcos crescia com força e rapidez, juntamente com a violência.
Em 1442, Vlad tentou permanecer neutro quando os turcos invadiram a Transilvânia. Os turcos foram então vencidos, e os húngaros fizeram que Dracul e toda sua família precisasse fugir da Valáquia, quando Vlad II foi substituído por Basarab II, que pertencia ao mesmo clã a quem havia feito parte Alexandru I. 
 
 
No ano seguinte, Vlad II conseguiu recuperar o troco com a ajuda e apoio dos turcos, com a condição de assinar um novo acordo com o Sultão, que passaria a ganhar além dos tributos de antes, outros favores. Em 1444, para mostrar a boa fé com Sultão, Vlad enviou dois filhos para Adrianopla como forma de garantia, e Draculea permaneceu lá por 4 anos, enquanto em 1.447, seu pai fora assassinado com seu irmão mais velho, chamado Mircea.
em 1.448 Draculea assumiu o trono de Valáquia novamente com a ajuda turca, mas em apenas dois meses, foi forçado a fugir e entregar o trono. Ele permaneceu escondido por 3 anos, em Moldavia, até que o príncipe, seu primo foi assassinado em 1.451, o que fez Dracula fugir novamente, desta vez para Transilvânia, buscando proteção com o até então inimigo de sua família, Corvino, o mesmo que o fizera fugir da primeira vez. O momento o trouxe benefício, pois o escolhido de Corvino para ficar no trono havia estabelecido uma política que agradava aos turcos, o que era inaceitável para Corvino, que logo aceitou uma aliança com Dracula e o colocou como candidato da Hungria para o trono. Ele permaneceu na Transilvânia até 1.456 protegido por Corvino esperando pela oportunidade de tirar o trono de seu rival.
No mesmo ano, Corvino invadiu a Sérvia Turca enquanto Vlad III invadiu a Valáquia, Corvino foi derrotado, o que tornou sua proteção desonrada, e forçou Draculea, que havia tomado com sucesso o trono de volta a apoiar os Turcos até que sua posição fosse mais respeitável e sólida.
Entre 1.456 e 1.462 ocorreu o seu principal reinado, onde foi enviado seu primeiro ataque contra os turcos e suas obras cheias de sangue e crueldade ganharam proporção além da guerra, o que fez dele um inimigo cheio de fama e muito temido, certamente evitado também, entretanto, ele não tinha total apoio do rei da Hungria e os recursos de Valáquia eram limitados.
Em 1.462, Draculea recebeu a notícia de que sua primeira esposa havia cometido suicídio ao se recusar a se render aos Turcos, pulando de uma das torres do castelo onde vivia com seu marido. 
 
 
Draculea, quando recebeu a notícia fugiu pedindo ajuda para Transilvânia pedindo a ajuda de Matthius Corvinus, que o prendeu.
Os rumores é que esse aprisionamento teria durado cerca de 12 anos, mas isso é notávelmente improvável, já que ele conseguiu se casar novamente com uma nobre, e não seria normal que uma nobre se casasse com um prisioneiro, mesmo que este fosse Vlad III. Também deve-se lembrar que foi necessário que ele tivesse contatos e apoio para retornar ao trono de Valáquia, em 1.476.
Durante os 12 anos que permaneceu longe do trono, seu irmão mais novo, Radu foi quem assumiu o governo, e favoreceu os turcos. Durante esse período também, Vlad deixava de ser Ortodoxo para se tornar católico e teve dois filhos. Ele teria vivido com sua segunda esposa na capital da Hungria.
Então, em 1.476, Vlad juntamente com o príncipe Istvan Báthory (Sim, BÁTHORY, como Elizabeth) juntaram as suas forças, juntamente com burgueses Valaquianos chateados e moldávios enviados pelo primo de Drácula. O irmão de Vlad havia morrido, e no poder do trono estava um governante apoiado pelos Turcos, que fugiu com a sua corte quando os exércitos se aproximaram.
Ao recuperar o poder da Valáquia e devolver a Dracula, o príncipe Báthory voltou para Transilvânia com o resto das forças, o que deixou Vlad vulnerável. Houve muito pouco tempo para que o então príncipe de Valáquia ganhasse algum apoio até que um enorme exército turco retrucasse e invadisse o território e Vlad, sem nem mesmo a ajuda dos camponeses que estavam cansados dos atos cruéis, precisou lutar contra os Turcos com pouca ajuda. Ele foi morto em batalha, mas as ocasiões são incertas. 
Ele foi decaptado e sua cabeça enviada ao Sultão, que a mantinha em uma estaca para mostrar que o empalador estava de fato, morto. 
Em 1.931 quando arqueólogos escavaram seu túmulo, encontraram apenas ossos de animais. 
 
E sobre as atrocidades, notem que ele tinha o apelido de empalador.
Isso se deve a vários panfletos distribuidos na época e contos que foram encontrados posteriormente a sua morte sobre os castigos que ele aplicava aos prisioneiros de guerra e marginais. 
Em 1.462, época em que o empalamento ainda não era empregado pelos turcos, o Sultão Mehmed II e seus soldados se amedrontaram ao ver de perto cerca de 20.000 turcos empalados, o que cobria uma área de cerca de três hectares. 
Vamos fazer uma nota para o tipo de castigo e método de amedrontar o inimigo desta época. Era comum e fácil de entender que tais atos fossem cometidos para o público, e nunca em lugar escondido. 
Segundo esses registros encontrados, Vlad ainda fazia uso de enforcamento, esfolava os prisioneiros vivos, os queimava com óleo fervente ou outro tipo de gordura, usava a castração nos homens e um dos seus atos mais extravagantes, deve-se a ter incendiado uma enorme casa, na qual estaria cheia de deficiêntes, pobres e desempregados. Não se sabe ao certo a maneira como ele teria reunido todas essas pessoas - alguns dizem que foram presas e outras que foram convidadas para um jantar e trancadas lá dentro quando o fogo teve início.
Outro fato interessante é que Vlad era um seguidos das leis da época e tido como um herói atualmente por alguns de sua região, pois lutava pelo cristianismo e teria sido um ótimo governante. Ele seguia a legislação ao pé da letra, e fazia uso de várias regras, não apenas de sua região para punir os seus prisioneiros. 
 
A história envolta por tantos fatos obscuros e incertos logo fez-se criar uma lenda.
Vlad Tepes, na verdade seria imortal! Tudo começou quando em 1.447 Vlad II morreu, e o tardar de seu filho, Dráculea em assumir o trono novamente fez com que os moradores se confundissem, pensando que era o falecido rei voltando ao poder. 
 
Logo criaram-se várias lendas que permanecem até hoje como por exemplo, que Drácula teria feito um pacto com o diabo e escapado da morte, ou que de fato, era um vampiro.