Bael ou Baal

Seu nome já tem um significado poderoso. "O senhor".
Era tido como um deus e era adorado por cananeus e fenícios. Era principalmente o deus do sol, da chuva, trovões e fertilidade (isso trazia grandes orgias nos ritos realizados em seu nome), sendo então relacionado a agricultura. 
Bael era muito representado como um guerreiro usando armaduras e lâminas forjadas em bronze, e era como um deus "agressivo", mas não maldoso.
 
 
Muitas cidades foram nomeadas na antiguidade com o prefixo "Baal" em todo o oriente médio, ou seja, era uma divindade adorada em muitas partes, entretanto o seu nome podia ter alguma variação dependendo da localidade.
Os antigos filisteus o adoravam como Baalzebud (O senhor daqueles que voam).
Seu nome foi alterado para o que conhecemos hoje e que significa Senhor das Moscas (ou das pestes), em hebreu. 
 
 
Demonização de Bael
 
"Baal Zebub, o deus da cura Ekron, mais tarde se tornou uma palavra - Belzebu - que chegou a representar mal e idolatria no Novo Testamento da Bíblia."
 
 
É correto afirmar que praticamente, se não todos os deuses pagãos foram demonizados pelos cristãos, já que o deus cristão não aceita outros ídolos.
Com as pessoas se convertendo cada vez mais e mais ao cristianismo, os deuses pagãos, incluindo Bael, tornaram-se então demônios, anjos ruins que querem de alguma maneira destruir o homem e roubar o reino de deus. 
 
 
 
Bael e Goetia
 
É interessante notar que Bael/Baal é o primeiro demônio de Goetia, que é um livro com ensinamento para a invocação de entidades (não apenas demônios, mas demônios também).
Ele é o primeiro dos demônios, um rei que comanda todo o leste, ainda senhor das tempestades e fecundidade. Também é um demônio do dia e rege 66 legiões de espíritos. 
 
 
Atual descrição daqueles que o viram usando invocação
 
Ele manifesta-se com várias formas, podendo ser um homem formoso, ou um animal, ou ainda, a junção de vários animais.
Também tem a voz grossa e fala atropelando as palavras, e tem o poder de tornar a pessoa que o invoca como se fosse invisível (não ao pé da letra, mas despercebido).
 
 
 
 
Também existe uma lenda, que diz que Zebub e Baal eram deuses diferentes, que se uniram por uma luta longa e intensa.
Essa batalha teria expandido para o cosmos, o que fez com que a alma de ambos os deuses fossem sugadas em um abismo, e depois, fossem lançados no inferno.
O poder desse novo deus era maior do que de Zebub e maior que de Baal, portanto se proclamou senhor da cidade de Dite, antes governada por Orcus.